Amar(me). Se fala de outra coisa?
Parece que todo o sentido da existência está amarrado na presença/ausência desse afeto que, dizem, mobiliza tudo e todos.
A experiência de afetar e me deixar afetar pelo outro de modo a nos conectar criando condições para repetições que marcam os sujeitos, passando então a lhes contituir.
Ao me marcar, o amor dá sentido e sentido(direção), lugar e dimensão não só a minha, mas a todas as outras existências ao redor de mim.
bell hooks, como só ela sabe fazer, traz nesse livro a dimensão prática de uma falta vivida que lhe inicia nas pesquisas sobre o amor e suas dimensões, inclusive a política. Já pensou...
O que é o amor?
Onde se está autorizado e viver e quais tipos existem?
Como se expressa? Tem quem não ame?
Existe uma ética do/para amar e ser amade?
Pesquisas, pesquisas, infinitas graças a autoras como essa que traz sua mensagem de maneira clara e acessível, juntando algumas teorias e pensamentos importantes das ciências sociais e da literatura, assim como seu brilhante percurso e percepção do mundo.
Leia-se é um trabalho de biblioterapia, realizado desde 2019, com várias edições incríveis.
Funciona diferente dos tradicionais clubes de leitura, aqui a transferência de quem participa é com o texto e, através dele, desdobramos outros sentidos para nossas percepções, ampliamos os territórios da subjetividade, entramos em contato com outros modos de dizer e ficamos sabendo um pedacinho mais sobre as teorias que forjam a cultura que nos atravessa.
A coisa mais bonita desse trabalho é poder compartilhar o que faz multiplicar. Compartilhar texto para multiplicar experiências e elaborações.
elis/barbosa
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